Religião

Religião

A religião no Japão é influenciada pelo Xintoísmo (51,3%), o Budismo (38,3%), e outras (10,2%).
Muitos japoneses consideram-se tanto xintoístas quanto budistas, o que explica o fato de as duas religiões terem, somadas, aproximadamente 194 milhões de membros (dados de 1996), ou seja, mais do que a população total do Japão, de cerca de 127 milhões de pessoas. Nos sentimentos religiosos da maioria dos japonesas, o Xintoísmo e o Budismo coexistem pacificamente. Para a maioria da população, filiação religiosa não significa frequência e adoração regulares. A maioria das pessoas visitam os santuários xintoístas (jinja) e templos budistas (oterá) como parte dos eventos anuais e rituais de passagem dos indivíduos.
Entre os eventos anuais incluem-se os festivais dos santuários xintoístas e dos templos budistas, a primeira visita anual ao santuário ou templo - o hatsumodê. e a visita ao túmulo da família durante o Festival dos Mortos - Obon. Entre os rituais de passagens da vida de uma pessoa, incluem-se a primeira visita ao santuário pelo recém-nascido, o miyamairi, o Festival Shichi-go-san (7-5-3) - que consiste na visita ao santuário de meninos de 3 e 5 anos e de meninas de 3 e 7 anos de idade, a cerimônia xintoísta de casamento e, por fim, o funeral budista.
O Cristianismo chegou em 1549 no Japão, com São Francisco Xavier.
Xintoísmo
Xintoísmo é o nome dado à espiritualidade tradicional do Japão e dos japoneses, considerada também uma religião pelos estudiosos ocidentais. A palavra Shinto ("Caminho dos Deuses") foi adotada do chinês escrito através da combinação de dois kanjis: "shin", que significa "deuses" ou "espíritos" (originalmente da palavra chinesa shen); e “tō”, ou "do", que significa "estudo" ou "caminho filosófico" (originalmente da palavra chinesa tao). Os termos yamato-kotoba e Kami no michi costumam ser usados de maneira semelhante, e apresentam significados similares.
Budismo

A história do budismo no Japão pode ser dívidida em três períodos, que são o período Nara (até o ano de 784 d.C.), o período Heian (794–1185) e o período pós-Heian (de 1185 em diante). Cada período foi palco para a introdução de novas doutrinas e revoltas nas escolas existentes.
Nos tempos modernos, as principais manifestações do budismo são: as escolas da Terra Pura, Nichiren, Shingon e Zen.
As novas religiões

O shinshukyô, shinkô-shukyô. Surgiram e têm se expandido rapidamente no Japão, usando com habilidade os meios de comunicação de massa, técnicas de marketing e propaganda, estabelecendo suas próprias instituições educacionais, prometendo milagres e benefícios materiais e espirituais ainda nesta vida, e apresentando um proselitismo mais ativo. Os ensinamentos dessas novas religiões remetem a uma ampla gama de tradições antigas, incluindo aspetos do Xintoísmo, do Budismo, do Confucionismo, do Taoísmo, superstições populares e do Xamanismo, algumas incorporam elementos religiosos e até mesmo científicos de diversas origens que não a japonesa (Budismo Tibetano, Christian Science, medicina psicossomática, psicanálise etc.). Os fundadores das novas religiões são às vezes venerados como deuses vivos (ikigami).

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.